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N.º 38 12/12/2012

IAC PUBLICA A OBRA «NATAL. VERDADE. LENDA. MITO»,
DE A. CUNHA DE OLIVEIRA


O Instituto Açoriano de Cultura apresenta ao público, no próximo sábado, dia 15 de dezembro, pelas 19h00, na Galeria do IAC, um livro da autoria de A. Cunha de Oliveira intitulado Natal. Verdade. Lenda. Mito. A apresentação da obra estará a cargo do Doutor Padre José Júlio da Rocha (Professor do Seminário Episcopal de Angra).

O autor aborda nesta obra: «o que humanamente caracteriza o Natal – esta inefável aspiração ao renascimento – é anterior e independente do nascimento do Senhor Jesus de Nazaré. Não foi, pois, o Cristianismo que criou a Festa do Natal, mas ao contrário: em Roma, a celebração pagã do Natalis Solis Invicti a 25 de Dezembro de cada ano (quando o Sol principiava de novo a estar mais tempo acima do horizonte) é que deu origem ao ciclo festivo do Natal cristão. Tanto assim que, só à volta do ano 330 da nossa Era, e nunca antes, principiou a celebrar-se o nascimento do Senhor Jesus.

A quase interminável quantidade e variedade de controvérsias e opiniões que, nos primeiros séculos do Cristianismo, o atravessaram a respeito das naturezas humana e divina de Jesus de Nazaré e, oficial e magisterialmente, só terminaram com a definição do dogma da divindade de Jesus no Concílio Ecuménico de Niceia, no ano de 325, terão contribuído bastante para a expansão da Festa do Natal – a celebração da humanidade do Senhor Jesus de Nazaré.

Dos quatro Evangelhos canónicos só dois (Mateus 1,18-2,23 e Lucas 1,5-2,52) principiam, à maneira de prólogo, com “Narrativas da Infância”, que não são género literário história, isto é, narrativas históricas em que a expressão literária corresponda ao objecto ou facto descrito, mas midrash – género literário judaico com que se procura o sentido de textos bíblicos seja na ordem jurídica (halaká), seja na ordem ético/moral (hagadá). Assim, as “Narrativas da Infância” dos evangelistas Mateus e Lucas não são história, no verdadeiro sentido da palavra, nem podem tomar-se ao pé da letra os acontecimentos que delas constam. Aliás, as divergências entre os dois evangelistas são mais que muitas a respeito do mesmo, convergindo em muito pouco».

Artur da Cunha Oliveira, Sacerdote católico dispensado do ministério e casado, licenciado em Teologia Dogmática e em Ciências Bíblicas. Foi professor no Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo, Cónego da Sé de Angra, assistente diocesano de vários movimentos, organismos e associações de apostolado e, na sociedade civil, director do diário A União, co-fundador do Instituto Açoriano de Cultura, de cujas Semanas de Estudo dos Açores foi secretário permanente, e da Revista “Atlântida”; conselheiro de orientação profissional e director de Centro de Emprego de Angra do Heroísmo; vogal da Comissão Regional de Planeamento; e, depois do “25 de Abril”, presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo; director do Departamento Regional de Estudos e Planeamento dos Açores (DREPA), que fundou; membro da Comissão Instaladora do Instituto Universitário dos Açores, hoje Universidade dos Açores; deputado do Parlamento Europeu; presidente da direcção do Rádio Clube de Angra; presidente da Comissão Diocesana “Justiça e Paz”; membro e presidente da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo. Actualmente, aposentado. Autor das seguintes publicações: a Cidade e a Sombra (poesia, com o pseudónimo de Silva Grelo), em “Cadernos do Pensamento”, 1954; A Intervenção de Deus na História, no Livro da I Semana de Estudo dos Açores, 1964; As Dominantes Actuais do Meio Açoriano, no Livro da II Semana de Estudo dos Açores, 1963; A Questão da Gruta (de Belém) – um ensaio e uma resposta, na “Atlântida”, 1969; Aspectos Demográficos AÇORES-78, 1981; Análise Demográfico da Região, na "Atlântida", 1982; Instrução. Ontem, Hoje e Amanhã, na “Atlântida”, 1983; Marcos – o Evangelista do Ano B – algumas notas de introdução, 2002; Lucas – O Evangelista do Ano C – algumas notas de introdução, 2003; São Mateus e a Política, 2003; Mateus – O Evangelista do Ano A – algumas notas de introdução, 2005; Algumas Reflexões a propósito das “Aparições” de Lourdes, 2008; Um Novo Conceito de Europa e Outros Ensaios, 2009; Jesus Profeta do Islão, e Outros Ensaios, 2009; Jesus de Nazaré e as Mulheres. A propósito de Maria Madalena, 2011.